Era para ser apenas mais uma tarde de futebol no Morumbi. O Santos, precisando respirar na tabela, recebeu o Vasco acreditando que poderia somar pontos diante da sua torcida. Mas o que se viu foi um daqueles jogos que entram para a memória — não pela glória, mas pelo vexame.
Logo no início, o Vasco mostrou que não estava em São Paulo para passear. O time carioca buscava espaço, rodava a bola e, quando acelerou em um contra-ataque bem trabalhado, Lucas Piton abriu o marcador. O Peixe até tentou reagir, mas parecia sem alma: girava a bola de um lado para o outro, sem encontrar espaço, sem coragem para ferir o adversário.
Se no primeiro tempo ainda havia uma esperança, no segundo veio o pesadelo. O Vasco voltou mordendo, intenso, dominador. Rayan, David, Tchê Tchê e Philippe Coutinho — duas vezes — transformaram a vitória em massacre. Seis vezes a rede balançou, seis vezes o torcedor santista se encolheu na arquibancada.
Do outro lado, a festa cruzmaltina foi completa. A cada passe trocado, a torcida gritava "olé". A cada gol, o Morumbi se transformava em São Januário por alguns instantes.
O resultado foi mais do que três pontos: foi uma lição de futebol. O Vasco saiu do Z-4 e ganhou fôlego na tabela. Já o Santos, afundado em erros e apatia, saiu de campo humilhado, sem ver a cor da bola, deixando sua torcida com um gosto amargo e a sensação de que o pior ainda pode estar por vir.
Domingo de alegria para os vascaínos. Domingo de vergonha para os santistas.
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