O São Paulo definiu a demissão de Milton Cruz nesta quinta-feira. Depois de 22 anos de serviços prestados ao clube, ele já vinha "deslocado" desde o fim do ano passado, com a mudança de diretoria.
Em janeiro, Milton deixou a função de auxiliar técnico para comandar o núcleo de análise de desempenho no clube, departamento recém-criado. Ele não acompanhava o time em viagens fora de casa, mas seguia participando dos treinamentos do Tricolor ao lado de Edgardo Bauza, no CT da Barra Funda.
– Infelizmente, algumas vezes a gente tem de cortar na própria carne. Pelas circunstâncias, fomos obrigado a fazer. Conversamos com o Milton, falamos que ele é um profissional extremamente bem sucedido no São Paulo, mas estava sub-utilizado. Achamos mais justo e honesto conversarmos francamente. Também atendemos ao momento de restrição econômica e financeira, por isso fizemos o desligamento – explicou Luiz Cunha, novo diretor de futebol.
A saída de Milton Cruz era cogitada desde a administração do presidente Carlos Miguel Aidar. A boa relação com o ex-técnico Juan Carlos Osorio e a consequente classificação para a Taça Libertadores no fim de 2015, quando assumiu o time interinamente, após a queda de Doriva, o ajudaram a se manter no clube até a virada do ano.
A forte ligação com o empresário Abílio Diniz, desafeto de Aidar e agora rachado com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, deixou Milton mais isolado. Sem participar do processo de contratações dos novos jogadores como antigamente, o profissional perdeu importância na visão da diretoria.
– Gostaria de agradecer a todos os serviços prestados pelo Milton nessas mais de duas décadas ao nosso lado. Um momento de ruptura certamente não é fácil para ninguém, mas seu nome já está escrito na história do São Paulo, que o vê como um grande amigo e deixará sempre suas portas abertas para quem nos foi tão leal – disse o presidente Leco ao site oficial do Tricolor.
Fonte: Globo Esporte.com
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