Cinco Jogos Olímpicos, 28 medalhas, 23 ouros, três pratas, dois bronzes, 37 recordes mundiais. Muitos números para tentar explicar um talento que ultrapassa os limites das ciências exatas. Michael Phelps passou 20 anos de sua vida brigando contra o relógio. Levou a melhor na grande maioria das tentativas. Neste sábado, na sua despedida das piscinas, nem ligou para o tempo que apareceu no placar do Estádio Aquático, na vitória do 4x100m medley. O real significado daquela marca (3m27s95, novo recorde olímpico) é que, a partir dela, o maior nadador olímpico da história terá todo tempo e tranquilidade do mundo. Para descansar, curtir suas conquistas, ser um pai presente para o pequeno Boomer, casar e, principalmente, para deitar a cabeça em seu travesseiro certo de que deu um fim à carreira à altura de seu grandioso feito. O último ato de Michael Phelps nos Jogos Olímpicos foi como planejou: no alto do pódio e ao lado de seus amigos. Terceiro a entrar na água, depois de Ryan Murphy e Cody Miller, o fenômeno das piscinas levou seu time da segunda para a primeira colocação. Nathan Adrian só precisou completar o serviço nos últimos 100m e garantir a medalha de ouro de número 1.001 dos Estados Unidos e de 23 de Phelps, apenas uma a menos do que o Brasil conquistou em toda sua história olímpica. Ao conferir o velocista do quarteto batendo em primeiro, Phelps vibrou. Em seguida, abraçou o trio, agradecendo a ajuda para o desfecho perfeito de sua carreira. A partir daí, não deu mais para segurar a emoção. Acenou para as arquibancadas agradecendo o carinho da família, amigos e tocedores e, chorando, deixou lentamente, pela última vez, a piscina olímpica.
Comemorando o fim de um jejum de 36 anos sem disputar uma final, o Brasil participou também da festa de despedida do americano. Com Guilherme Guido, João Júnior, Henrique Martins e Marcelo Chierighini terminou em sexto lugar (3m32s84). A Inglaterra e a Austrália ficaram com a prata (3m29s24) e o bronze (3m29s93) e também fizeram parte da emblemática cerimônia de pódio da Rio 2016.
Fonte> Globo esporte
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