Na noite em que o céu resolveu desabar, foi o Palmeiras quem brilhou. Em um duelo tenso contra o Al Ahly, o Verdão mostrou por que carrega em seu escudo a estrela da luta e da superação.
Era quinta-feira, mas o clima era de decisão. Com mudanças estratégicas de Abel Ferreira — que trocou peças como um enxadrista experiente —, o time alviverde entrou em campo buscando mais que três pontos: queria respeito, confiança e um passo firme rumo à glória no Mundial.
O primeiro tempo foi equilibrado, cheio de tentativas e travado na marcação. Mas foi na etapa final que o roteiro ganhou emoção. Aníbal Moreno cobrou uma falta na área, a bola viajou como quem sabe o destino. E o destino, naquele instante, tinha nome: Abou Ali, que tentou afastar e acabou marcando contra. Gol do Verdão. Gol da insistência.
Não deu tempo nem de respirar. Em uma jogada veloz, Flaco López arrancou, Mauricio ajeitou e Estêvão, com a frieza de um veterano, devolveu para Flaco marcar mais um. Uma pintura coletiva, desenhada com a paciência de quem sabe que o gol nasce do toque certo.
A chuva chegou como protagonista indesejada, interrompendo o espetáculo aos 17 minutos. Raios, vento e suspense. Mas quando a bola voltou a rolar, o Palmeiras também voltou — e voltou ainda melhor. Criou chances, empurrou o adversário e mostrou personalidade de campeão.
A vitória por 2 a 0 coroou uma atuação madura. Com quatro pontos, o Palmeiras lidera o grupo A e agora tem pela frente o Inter Miami, em duelo que pode selar a vaga nas oitavas de final.
Na terra dos sonhos, o Verdão fez do campo o seu palco — e, mesmo sob tempestade, deixou claro: quem veste verde não se entrega fácil. O Mundial ainda está longe, mas o coração alviverde já pulsa mais forte. E se depender da garra desse time, a torcida pode começar a sonhar acordada.
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