Coluna do Robson Macedo - Crônica Esportiva, Palmeiras 0 x 0 Red Bull Bragantino.

 


No Allianz Parque, o relógio corria e a bola girava, mas o futebol parecia não aparecer. O Palmeiras entrou em campo diante do Red Bull Bragantino pela quinta rodada do Paulistão, mas o que se viu foi um time travado, sem criatividade e sem meio-campo para organizar o jogo. A torcida, sempre exigente, acompanhava apreensiva.

Sem um meia criativo, o Verdão apostava em Maurício, mas o camisa 27 passou despercebido. Nem mesmo Veiga, ao entrar no segundo tempo, conseguiu dar aquele toque especial que transformasse a equipe. Enquanto isso, Estevão tentava, driblava, buscava algo diferente, mas, sozinho, não havia milagre. Era como um artista sem palco, sem roteiro, sem parceria.

Do outro lado, o Bragantino não se intimidou. Criou chances, pressionou e só não saiu com a vitória porque Weverton lembrou a todos por que é um dos melhores goleiros do Brasil. Em um lance decisivo, defendeu com a segurança de quem sabe o peso da camisa que veste.

A melhor chance do Palmeiras veio dos pés de Talles, que acertou um belo chute na trave. No rebote, Estevão teve a bola do jogo, mas desperdiçou. Foi o retrato de uma noite onde a esperança bateu na porta, mas não entrou.

No apito final, o 0 a 0 estampava o placar como um reflexo da falta de inspiração. Não há crise no Palmeiras, mas há inquietação. Parte da torcida já começa a questionar as escolhas de Abel Ferreira, mesmo sabendo que ele tem crédito de sobra. Afinal, se ele sair, quem poderá substituí-lo à altura?

O Paulistão segue, e o Palmeiras também. Mas fica a pergunta: quando o futebol vai aparecer?

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