Palmeiras e São Paulo: um clássico tenso decidido nos detalhes.

(Foto: Marcos Ribolli)
 O Allianz Parque foi palco de mais um Choque-Rei carregado de tensão e estratégia. Palmeiras e São Paulo entraram em campo com um objetivo claro: a vaga na final do Paulistão. Mas, ao invés de um duelo franco e ofensivo, o que se viu foi um jogo truncado, estudado e recheado de cautela.

Do lado tricolor, o técnico armou uma equipe para neutralizar Raphael Veiga, peça-chave do Verdão. O São Paulo teve mais posse, tentou atrair o rival para seu campo e explorar os contra-ataques, mas a estratégia não rendeu frutos. Faltou objetividade no último passe, sobraram passes laterais e um toque de bola que parecia mais um convite à paciência do que uma ameaça real.

O Palmeiras, por sua vez, teve em campo a estreia de Vitor Roque como titular. Mas o jovem atacante encontrou dificuldades diante da marcação forte e pouco apareceu na primeira etapa. Ríos e Estevão até criaram algumas chances, mas faltou contundência.

No segundo tempo, o São Paulo voltou mais agressivo, pressionando a saída de bola alviverde. Mas foi justamente nessa ânsia de atacar que a equipe vacilou. Em uma saída errada do goleiro, Vitor Roque interceptou e partiu em direção ao gol. O zagueiro são-paulino tentou desarmá-lo, a bola sobrou para Estevão, que finalizou para a defesa do goleiro. Mas o árbitro já havia decidido: pênalti para o Palmeiras.

Sem hesitação, Raphael Veiga cobrou com a categoria de sempre e colocou o Verdão na frente. A polêmica tomou conta do jogo. O São Paulo reclamou da marcação, apontou erro da arbitragem e contestou a decisão. Mas o que já estava escrito no placar não mudaria mais.

O apito final confirmou o Palmeiras na decisão do Paulistão. Agora, o Verdão terá pela frente o Corinthians, reeditando mais um capítulo de uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro. O sonho do tetracampeonato estadual segue vivo para o torcedor alviverde.

Já o São Paulo, com um gosto amargo na boca, sai da competição sentindo que poderia ter feito mais. Mas no futebol, como na vida, nem sempre ter a bola nos pés significa ter o jogo nas mãos.

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