A noite em que o Verdão atropelou o Juventude....

 Era um sábado diferente no Allianz Parque. Um jogo atrasado, daqueles que parecem só preencher o calendário, mas que acabam valendo muito mais do que três pontos. De um lado, o Palmeiras, que precisava vencer para abrir vantagem e se isolar na liderança do Brasileirão. Do outro, o Juventude, em penúltimo lugar, desesperado por uma vitória para tentar respirar fora da zona de rebaixamento.

Mas logo ficou claro que o roteiro seria cruel para os gaúchos. O time de Abel Ferreira entrou em campo com fome de bola, e desde o primeiro minuto transformou o gramado em um verdadeiro show tático. Enquanto o Juventude tentava se fechar, o Verdão empurrava o adversário contra o próprio campo, dominando a posse, o ritmo e o espaço.

Andreas Pereira e Raphael Veiga controlavam o meio como maestros, e Felipe Anderson desfilava talento pelos lados. No ataque, Bruno Rodrigues, voltando de uma lesão que o tirou dos gramados por dois anos, parecia um menino reencontrando o que mais ama: jogar futebol. Com vontade, dribles e movimentação intensa, ele fez a defesa gaúcha suar desde o início.

O gol não demorou. Raphael Veiga abriu o placar aproveitando uma falha da defesa do Juventude. O Allianz explodiu. Pouco depois, Bruno Rodrigues, como se o tempo fora dos gramados fosse apenas um detalhe, subiu mais alto e marcou de cabeça: 2 a 0 Verdão.

No segundo tempo, o Palmeiras voltou ainda mais determinado. Fuchs e Felipe Anderson ampliaram, transformando o jogo em goleada. O Juventude, valente, ainda diminuiu com Rodrigo Sam, mas a reação parou por aí.

Quando o árbitro apitou o fim, o placar mostrava 4 a 1, mas o que se via nas arquibancadas era mais que uma vitória: era a confirmação de um time maduro, confiante e com sede de liderança.

Com o resultado, o Palmeiras chegou aos 58 pontos, abriu três de vantagem sobre o Flamengo e seis sobre o Cruzeiro, isolando-se na ponta da tabela. Em três jogos, foram dez gols marcados — uma arrancada impressionante que fez o torcedor sonhar ainda mais alto.

Para o Juventude, ficou o peso da luta contra o rebaixamento. Para o Palmeiras, a certeza de que o sonho do título está mais vivo do que nunca.

Foi uma noite de reencontro, de superação e de liderança. Uma noite em que o Verdão mostrou, mais uma vez, que não basta jogar: é preciso dominar.

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