Durante boa parte da partida, o Sport foi senhor do jogo. Com posse, intensidade e coragem, envolveu o Fluminense e saiu na frente com um gol de Pablo. Era o prêmio por um primeiro tempo seguro e bem executado. Parecia, finalmente, que o Leão deixaria a lanterna — mas a noite ainda guardava uma lição cruel: no futebol, a vantagem nunca é confortável demais.
O Fluminense, apático por longos minutos, não parecia encontrar seu ritmo. Errava passes, criava pouco, sofria atrás. Mas no segundo tempo, com a urgência batendo à porta, o time foi à luta. E aos trancos e barrancos, achou o empate com Serna. O gol não animou muito o time, mas silenciou o ímpeto rubro-negro.
Quando o relógio já passava dos 48 do segundo tempo, veio o golpe final. Em uma das últimas bolas do jogo, Everaldo apareceu como herói improvável para marcar o segundo gol e selar a virada tricolor. Gritos de euforia de um lado, desespero e lamentos do outro.
O Fluminense, que não encantou, saiu com três pontos dourados e entrou no G4, agora com 13 pontos. Já o Sport, mergulhado numa sequência desastrosa, segue sem vencer no campeonato e vive o drama de ser o último colocado. Para piorar, a diretoria anunciou a demissão do técnico Peppa, numa tentativa de sacudir um elenco sem rumo.
No fim, o placar não refletiu quem jogou melhor, mas quem resistiu até o fim. E como ensina o futebol: resistir, às vezes, basta para vencer.
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