Crônica Esportiva do Robson Macedo - Cerro Porteño 0 x 2 Palmeiras.

Era uma noite quente em Assunção, mas quem pegou fogo mesmo foi o Palmeiras. Pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores, o Verdão foi até o Paraguai encarar o Cerro Porteño e voltou com mais que três pontos na bagagem: voltou com a classificação antecipada e a moral nas alturas. Com 2 a 0 no placar e 100% de aproveitamento, o time de Abel Ferreira mostrou, mais uma vez, que não está para brincadeira.
Mesmo com um time mexido — Allan no lugar de Felipe Anderson e Lucas Evangelista assumindo a vaga de Richard Rios — o Verdão entrou com fome de bola. E quando o apito soou, parecia que o Palmeiras jogava em casa. O Cerro mal respirava. Estêvão, aquele menino que joga com alma de veterano, abriu o placar com um golaço, aproveitando a cobrança rápida de falta. Um presente para quem pensa o jogo com inteligência.
Vitor Roque, que já havia esbanjado vontade, teve um daqueles lances que fazem a torcida gritar “toca, menino!”. Roubou a bola do zagueiro, ficou frente a frente com o goleiro e com Estêvão ao lado... mas quis decidir sozinho. E perdeu. Fominha? Talvez. Mas quem nunca foi? O futebol é feito de impulsos — e perdões.
No segundo tempo, o mesmo Vitor Roque tratou de se redimir. E como! Um belo gol para fechar a conta e mostrar que confiança não se perde, se prova. Com o resultado garantido, o Verdão passeou. Era o dono da bola, do campo e da história da noite.
Abel Ferreira, sempre intenso na beira do campo, vibrou. E avisou depois do jogo: nada de poupar nos próximos dois compromissos. A Libertadores é coisa séria, e o Palmeiras vem jogando como quem sabe onde quer chegar.
Na terra do adversário, o Palmeiras plantou mais uma vitória, colheu respeito e carimbou o passaporte para as oitavas com antecedência. Que venha o mata-mata. Porque esse time parece estar só começando.

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