O Santos entrou em campo como quem busca respirar no meio do naufrágio. Um time que carrega nos ombros o peso de glór
ias antigas e, nos pés, a insegurança de quem já não se reconhece no espelho da tabela. O adversário, o Grêmio, também vinha de tempos difíceis. Mas, em casa, soube ser mais frio, mais eficiente. E isso bastou.
Cristian Olivera foi o nome da partida. Um raio azul que atravessou o apagado time santista no segundo tempo. Fez o gol da vitória e, com ele, acendeu a esperança dos gremistas. Do lado alvinegro? Mais sombras. O gol foi mais do que um detalhe: foi um lembrete cruel de que no futebol, quem não marca, sofre.
Soteldo ainda tentou algo. Driblou, correu, buscou. Mas talento isolado não vence jogo. O restante do time parecia jogar com o freio de mão puxado, como se cada passe pesasse toneladas. O Santos terminou o jogo sem reação, sem força, sem alma.
Agora, são cinco derrotas seguidas no Brasileirão. A vice-lanterna é mais que uma posição: é um grito de alerta que ecoa pelos corredores da Vila Belmiro. O torcedor já não cobra vitórias — ele só quer ver um time em campo. Um esboço de luta. Um sinal de vida.
O Grêmio venceu, mas a notícia da noite foi o silêncio do Santos. Um silêncio que machuca, que pesa, que preocupa. Porque perder faz parte do jogo, mas perder a identidade... isso é quase irreversível.
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